A história do Instituto Mara Gabrilli (IMG) teve início há aproximadamente 28 anos, com a jovem Mara Gabrilli acabando de se tornar uma pessoa com deficiência como consequência de um acidente de trânsito.
Gabrilli, que sempre foi esportista, buscou, em um primeiro momento, apoiar a prática de esportes para as pessoas com deficiência. De início, seu incentivo orientava-se apenas pelo mérito e prestígio resultantes do esporte, mas, por sua concepção inicial ser bem diferente do que o esporte paralímpico representa, que é a inclusão e a luta contra o preconceito, sua visão não tardou a mudar, tornando o paradesporto uma de suas lutas.
Por muito tempo, as pessoas com deficiência ficaram afastadas da prática esportiva. No Brasil, tal exclusão era uma realidade começada já a partir das aulas de educação física nas escolas. Com a ampla difusão de um modelo mecanicista, é comum que, até os dias de hoje, a educação física seja, primordialmente, ensinada através da pura prática dos esportes mais populares no país. Sem um pensamento inclusivo, os alunos com deficiência ficavam afastados dos demais colegas.
Após a Segunda Guerra Mundial, em meados da década de 1940, a atividade física tornou-se um importante ativo na reabilitação de veteranos e civis que passaram a conviver com algum tipo de deficiência.
Em 1944, o médico alemão Ludwig Guttmann criou um centro de reabilitação no hospital de Stoke Mandeville, na Inglaterra, especializado em lesões na coluna cervical. O neurologista utilizava o esporte como um instrumento não só de reabilitação, mas também de recreação e logo viu o seu potencial competitivo. A partir desse momento, o esporte adaptado ganhou força, crescendo em todo o mundo esportivo. O intercâmbio entre os países foi crucial para que a prática das modalidades chegasse ao Brasil.
Na contemporaneidade, alguns dos desafios encontrados pelos atletas paralímpicos são similares aos enfrentados por atletas olímpicos de alto rendimento, como a dificuldade de acesso à alta tecnologia do esporte, a visibilidade de mídia e patrocínio insuficientes, as lesões esportivas e a falta de aporte durante o processo de aposentadoria.
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