Atletas do Instituto Mara Gabrilli brilham em pódios do Paratriathlon

por | 5 abr, 2018 | News

No domingo (18/3) foi aberto oficialmente o calendário nacional do Triathlon no país. A estreia da modalidade aconteceu em Salvador com a 1ª etapa da Copa Brasil de Paratriatlhon. Ao todo, 14 paratriatletas de cinco estados brasileiros participaram da competição, disputada na distância sprint (750m de natação, 20km de ciclismo e 5km de corrida).

Os atletas do Projeto Próximo Passo, Jéssica Moreira , que compete na classe PTWC1, e Sérgio Silva, pela classe PTS 5, garantiram, respectivamente, o ouro e o bronze na disputa em Salvador.

 

Dobradinha de ouro

Depois da decisão corajosa de migrar de modalidade – do Paraciclismo para o Paratriathlon, Jéssica Moreira vem conquistando grandes resultados. Com poucos meses de treinamento, a atleta conseguiu garantir o primeiro lugar na etapa em Salvador e dias depois repetiu o feito em Fortaleza, quando disputou a etapa do Camtri Triathlon American Cup, que ocorreu no dia 24/3.

“Treinei cerca de 12 semanas para essas provas de Salvador e Fortaleza. Muita natação, corrida, bike, fisioterapia e musculação, além dos exercícios funcionais. Fui muito bem nas duas provas e estou otimista com minha performance esse ano no Paratriathlon. Já viso competições internacionais e por isso estou fazendo treinamentos mais específicos para cada prova do meu calendário, focando evoluir nas três modalidades de forma contundente”, afirmou.

De acordo Tiago Gorgatti, técnico do IMG que assumiu os treinamentos de Jéssica, o grande objetivo agora é garantir um título panamericano e mirar nos jogos Paraolímpicos.

Entenda as categorias do Paratriathlon

– PTHC: Usuários de cadeira de rodas
Os atletas devem usar uma handcycle no percurso do ciclismo e uma cadeira de rodas de corrida no segmento de corrida. Existem duas sub-classes, H1 (Mais prejudicada) e H2 (menos prejudicada);
Esses comprometimentos, entre outros, podem ser: carência de força muscular, deficiência nos membros, hipertonia, ataxia ou atetose. Condições de saúde comuns são as lesões da medula espinhal. Amputados acima do joelho e paralisia cerebral grave.
Para se enquadrar nessa categoria, os atletas devem ter uma pontuação de até 640,0 pontos na avaliação de classificação.

– PTS2: Deficiências graves
Inclui atletas com comprometimentos como: deficiência nos membros, hipertonia, ataxia e/ou atetose, carência de força muscular e amplitude de movimentos diminuída, entre outros. As condições de saúde comuns podem incluir: plexo braquial completo, amputado acima do cotovelo, dupla amputação abaixo do joelho e paralisia cerebral severa.
Nas etapas de ciclismo e corrida, atletas amputados podem utilizar próteses ou outros dispositivos de apoio aprovados.
Para se enquadrar nessa categoria, os atletas devem ter uma pontuação de até 909,9 pontos na avaliação de classificação.

– PTS3: Deficiências significativas
Inclui atletas com comprometimentos como: deficiência nos membros, hipertonia, ataxia e/ou atetose, carência de força muscular e amplitude de movimentos diminuída, entre outros. As condições de saúde comuns podem incluir: plexo braquial completo, amputado acima do cotovelo, dupla amputação abaixo do joelho e paralisia cerebral leve.
Nas etapas de ciclismo e corrida, atletas amputados podem utilizar próteses ou outros dispositivos de apoio aprovados.
A diferença em relação à categoria PTS2, é que na PTS3 se enquadram os atletas que obtiverem uma pontuação entre 910,0 e 979,9 pontos na avaliação de classificação.

– PTS4: Deficiências moderadas
Inclui atletas com comprometimentos como: deficiência nos membros, hipertonia, ataxia e/ou atetose, carência de força muscular e amplitude de movimentos diminuída, entre outros.
As condições de saúde comuns podem incluir amputado abaixo joelho, amputado abaixo do cotovelo e paralisia cerebral leve.
Nas etapas de ciclismo e corrida, atletas amputados podem utilizar próteses ou outros dispositivos de apoio aprovados.
Se enquadram nesta categoria os atletas que obtiverem uma pontuação entre 980,0 e 1091,9 pontos na avaliação de classificação.

– PTS5: Deficiências leves
Inclui atletas com comprometimentos como: deficiência nos membros, hipertonia, ataxia e/ou atetose, carência de força muscular e amplitude de movimentos diminuída, entre outros.
As condições de saúde comuns podem incluir amputado abaixo joelho, amputado abaixo do cotovelo e paralisia cerebral leve.
Nas etapas de ciclismo e corrida, atletas amputados podem utilizar próteses ou outros dispositivos de apoio aprovados.
Se enquadram nesta categoria os atletas que obtiverem uma pontuação entre 1092,0 e 1211,9 pontos na avaliação de classificação.

– PTVI: Deficiência Visual Total ou Parcial (IBSA / IPC definiu as sub-classes B1, B2 e B3):
Inclui atletas que são totalmente cegos, de nenhuma percepção de luz em qualquer olho até alguns atletas com percepção de luz mínima (B1) e atletas com visão parcial (B2, B3). Um guia é obrigatório durante toda a prova e deve pedalar com uma bicicleta tandem durante o segmento do ciclismo.

Sobre o Projeto Próximo Passo

O esporte como um importante facilitador da inclusão. Esta é a essência do Projeto Próximo Passo, que oferece estrutura e suporte técnico para atletas do esporte de alto rendimento. Ação pioneira do Instituto Mara Gabrilli, o PPP apoia atualmente 26 atletas, divididos nas seguintes modalidades: natação, Paraciclismo, Paratriathlon, remo, Rugby, tiro, jiu-jitsu, tênis de mesa, ski cross country, corrida de rua e lançamento de peso e disco.

Patrocinadores do Projeto Próximo Passo:
– Toyota
– SESVESP
– METRA

Parceiros:
– LATAM
– Bodytech
– ASID

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